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FORUM MACUA

Local destinado a discutir tudo o que se relacione com Moçambique, em particular, e os PALOP, em geral. Solicita-se o uso de uma linguagem acessível a todos em geral. Mensagens com termos ou temas inadequados serão apagadas.

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cidadania lusófona

Admitir que uma língua. só por si, é factor de colonização é o mesmo que querer convencer que um corpo vive...mesmo que esteja morto!!!

De facto, a língua portuguesa é, na fase histórica actual, um elo de ligação entre Povos iguais.

Pretender que, pelo facto de se assumir uma cidadania linguística se está a ser colonizado é passar uma certidão de menor idade por exemplo ao Povo brasileiro.

Pretender que a língua, por si só é factor colonizador é poder vir a afirmar que os portugueses ainda estão a ser colonizados pelo Lácio!!!

Eu acredito na lusofonia.

Não como uma forma de prepetuar uma colonização que já passou aos anais da História da Humanidade mas sim como a forma de ligar Paises que - quer se queira, quer se não queira - tem um casamento e uma vivência em comum de mais de 500 anos.

Iludir isto, ou negá-lo, isso sim, é sinal de menor idade intlectual, desconhecimento da História da Humanidade ou, pura e simplesmente oportunismo político, coisa aliás muito em uso nos dias que correm.

Sinto-me tão português como moçambicano.

Nasci em Portugal mas vivi os anos mais importantes da vida de um ser humano em Moçambique.

Regeitar a língua portuguesa - que afinal e em última análise - foi e é o elo de ligação de todo o Povo Moçambicano, do Rovuma ao Maputo, é também uma forma de racismo que regeito. Como regeito todas as outras formas do dito.

Penso que o Sr. Sérgio Vieira deveria medir bem aquilo que diz pois está apenas a expressar uma forma radical de pensamento que se afasta de toda a expressão de análise dialéctica que ele sempre disse defender. Só se já meteu a dialéctica materialista na gaveta...

Afinal de contas, não seria o primeiro! Já muitos o fizeram!

Eu perfiro continuar a fazer análises calmas, coerentes, baseadas no processo histórico e sem os radicalismos pequeno-burgueses que afinal de contas me parece pulular por aí....

Se quizerem, poderão dizer que afinal de contas, sou mais dialéctico-materialista que alguns que usaram isso para se alcandroarem na vida ( e de que maneira!!!) mas que, na sua essência, não passam daquilo a que Lenine chamou de " doença infantil"

Infantilidades!!!

Tristes, apesar de tudo!!!

Country Portugal

Re: cidadania lusófona


De um trabalho de Acácio Barradas que poderão ver em

http://www.macua.com/JOSECRAVEIRINHABarradas.htm

transcrevo:

...Estas revelações, feitas n’«A Tribuna» de 21 de Setembro de 1963, vinham a propósito de uma crítica que Guilherme de Melo fizera, no «Notícias», à epidemia de «papagaios de salão» que, de repente, havia assolado Lourenço Marques, reclamando um «travão a este aflitivo palrar». Isto porque, a seu ver, «falar por falar, só por simples espírito de periquito sacudindo as penas, redunda afinal no mesmíssimo resultado que advém da mordaça para outras coisas: zero.»



Reconhecendo embora as razões de tal crítica, Craveirinha intercedia no entanto pelo direito à palavra mesmo dos mais impreparados, considerando «tal experiência como louvável» em nome da «difusão da Língua Portuguesa» resultante de «uma campanha encetada na vigência governativa da equipa Almirante Sarmento Rodrigues – Dr. Adriano Moreira.»



E para desvanecer quaisquer dúvidas quanto ao seu apoio àqueles governantes nesta matéria, acentuaria: «Em boa verdade e muito sincera opinião pessoal, nunca em Moçambique se deu tamanha consagração à Língua Portuguesa como neste período histórico».



Em conformidade, salientava: «Quando surgem moçambicanos de raiz, digamos negros, a falar português tu-cá-tu-lá em sessões públicas, percebendo e fazendo-se perceber perfeitamente, é a consagração da Língua Portuguesa, a sua ecumenicidade, que se corporiza ou sublima e um processo de unidade que se estrutura pelos únicos valores insujeitáveis a qualquer contestação: a cultura do espírito e um veículo linguístico comum.»



E a concluir: «Que se fale, pois, livre e francamente em sessões públicas, e se digam uns aos outros as coisas que se sentem e que necessariamente é tempo de conhecerem a luz do sol, já porque nisso se extremam campos e os homens se nivelam, para já e salutarmente, em exercícios de Português!»



E Craveirinha sabia o que de melhor Portugal deixou em Moçambique...

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Replying to:

Admitir que uma língua. só por si, é factor de colonização é o mesmo que querer convencer que um corpo vive...mesmo que esteja morto!!!

De facto, a língua portuguesa é, na fase histórica actual, um elo de ligação entre Povos iguais.

Pretender que, pelo facto de se assumir uma cidadania linguística se está a ser colonizado é passar uma certidão de menor idade por exemplo ao Povo brasileiro.

Pretender que a língua, por si só é factor colonizador é poder vir a afirmar que os portugueses ainda estão a ser colonizados pelo Lácio!!!

Eu acredito na lusofonia.

Não como uma forma de prepetuar uma colonização que já passou aos anais da História da Humanidade mas sim como a forma de ligar Paises que - quer se queira, quer se não queira - tem um casamento e uma vivência em comum de mais de 500 anos.

Iludir isto, ou negá-lo, isso sim, é sinal de menor idade intlectual, desconhecimento da História da Humanidade ou, pura e simplesmente oportunismo político, coisa aliás muito em uso nos dias que correm.

Sinto-me tão português como moçambicano.

Nasci em Portugal mas vivi os anos mais importantes da vida de um ser humano em Moçambique.

Regeitar a língua portuguesa - que afinal e em última análise - foi e é o elo de ligação de todo o Povo Moçambicano, do Rovuma ao Maputo, é também uma forma de racismo que regeito. Como regeito todas as outras formas do dito.

Penso que o Sr. Sérgio Vieira deveria medir bem aquilo que diz pois está apenas a expressar uma forma radical de pensamento que se afasta de toda a expressão de análise dialéctica que ele sempre disse defender. Só se já meteu a dialéctica materialista na gaveta...

Afinal de contas, não seria o primeiro! Já muitos o fizeram!

Eu perfiro continuar a fazer análises calmas, coerentes, baseadas no processo histórico e sem os radicalismos pequeno-burgueses que afinal de contas me parece pulular por aí....

Se quizerem, poderão dizer que afinal de contas, sou mais dialéctico-materialista que alguns que usaram isso para se alcandroarem na vida ( e de que maneira!!!) mas que, na sua essência, não passam daquilo a que Lenine chamou de " doença infantil"

Infantilidades!!!

Tristes, apesar de tudo!!!

Country Portugal

Re: Re: cidadania lusуfona


De facto, ignorar as potencialidades d uma língua comum a 250 milhões de seres é, em última análise, um perfeito acto de racismo, xenofobia, em suma uma verdadeira e enorme estupidez!

Saúdo a coragem de Cabo Verde ao legislar ( e bem ) sobre o Estatuto de Cidadão Lusófono como legislou. Assim todos os paises membros da CPLP tivessem a coragem política de cabo Verde.

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Replying to:


De um trabalho de Acácio Barradas que poderão ver em

http://www.macua.com/JOSECRAVEIRINHABarradas.htm

transcrevo:

...Estas revelações, feitas n’«A Tribuna» de 21 de Setembro de 1963, vinham a propósito de uma crítica que Guilherme de Melo fizera, no «Notícias», à epidemia de «papagaios de salão» que, de repente, havia assolado Lourenço Marques, reclamando um «travão a este aflitivo palrar». Isto porque, a seu ver, «falar por falar, só por simples espírito de periquito sacudindo as penas, redunda afinal no mesmíssimo resultado que advém da mordaça para outras coisas: zero.»



Reconhecendo embora as razões de tal crítica, Craveirinha intercedia no entanto pelo direito à palavra mesmo dos mais impreparados, considerando «tal experiência como louvável» em nome da «difusão da Língua Portuguesa» resultante de «uma campanha encetada na vigência governativa da equipa Almirante Sarmento Rodrigues – Dr. Adriano Moreira.»



E para desvanecer quaisquer dúvidas quanto ao seu apoio àqueles governantes nesta matéria, acentuaria: «Em boa verdade e muito sincera opinião pessoal, nunca em Moçambique se deu tamanha consagração à Língua Portuguesa como neste período histórico».



Em conformidade, salientava: «Quando surgem moçambicanos de raiz, digamos negros, a falar português tu-cá-tu-lá em sessões públicas, percebendo e fazendo-se perceber perfeitamente, é a consagração da Língua Portuguesa, a sua ecumenicidade, que se corporiza ou sublima e um processo de unidade que se estrutura pelos únicos valores insujeitáveis a qualquer contestação: a cultura do espírito e um veículo linguístico comum.»



E a concluir: «Que se fale, pois, livre e francamente em sessões públicas, e se digam uns aos outros as coisas que se sentem e que necessariamente é tempo de conhecerem a luz do sol, já porque nisso se extremam campos e os homens se nivelam, para já e salutarmente, em exercícios de Português!»



E Craveirinha sabia o que de melhor Portugal deixou em Moçambique...

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Admitir que uma língua. só por si, é factor de colonização é o mesmo que querer convencer que um corpo vive...mesmo que esteja morto!!!

De facto, a língua portuguesa é, na fase histórica actual, um elo de ligação entre Povos iguais.

Pretender que, pelo facto de se assumir uma cidadania linguística se está a ser colonizado é passar uma certidão de menor idade por exemplo ao Povo brasileiro.

Pretender que a língua, por si só é factor colonizador é poder vir a afirmar que os portugueses ainda estão a ser colonizados pelo Lácio!!!

Eu acredito na lusofonia.

Não como uma forma de prepetuar uma colonização que já passou aos anais da História da Humanidade mas sim como a forma de ligar Paises que - quer se queira, quer se não queira - tem um casamento e uma vivência em comum de mais de 500 anos.

Iludir isto, ou negá-lo, isso sim, é sinal de menor idade intlectual, desconhecimento da História da Humanidade ou, pura e simplesmente oportunismo político, coisa aliás muito em uso nos dias que correm.

Sinto-me tão português como moçambicano.

Nasci em Portugal mas vivi os anos mais importantes da vida de um ser humano em Moçambique.

Regeitar a língua portuguesa - que afinal e em última análise - foi e é o elo de ligação de todo o Povo Moçambicano, do Rovuma ao Maputo, é também uma forma de racismo que regeito. Como regeito todas as outras formas do dito.

Penso que o Sr. Sérgio Vieira deveria medir bem aquilo que diz pois está apenas a expressar uma forma radical de pensamento que se afasta de toda a expressão de análise dialéctica que ele sempre disse defender. Só se já meteu a dialéctica materialista na gaveta...

Afinal de contas, não seria o primeiro! Já muitos o fizeram!

Eu perfiro continuar a fazer análises calmas, coerentes, baseadas no processo histórico e sem os radicalismos pequeno-burgueses que afinal de contas me parece pulular por aí....

Se quizerem, poderão dizer que afinal de contas, sou mais dialéctico-materialista que alguns que usaram isso para se alcandroarem na vida ( e de que maneira!!!) mas que, na sua essência, não passam daquilo a que Lenine chamou de " doença infantil"

Infantilidades!!!

Tristes, apesar de tudo!!!

Country E eu concordo com Craveirinha!