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FORUM MACUA

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cidadania lusófono

Sérgio Vieira afinal é um complexado e um confuso, para além de tudo o mais que se conhece a seu respeito. E isso ficou patente no comentário recentemente enviado para esta página relativamente à "cidadania lusófona" (08/17/02)



Sérgio Vieira sente-se incomodado quando se fala na criação dum Mundo lusófono,tal como ontem se arrepiou quando os angolanos pretenderam incluir o adjectivo "lusófono" na comunidade que viria a ser conhecida, por imposição da Frelimo, como Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, vulgo PALOP.



Produto da colonização portuguesa, Sérgio Vieira, de nome completo SÉRGIO MARIA CASTELO BRANCO DA SILVA VIEIRA, afirma que "nenhum cordão umbilical o liga a metrópoles". O facto de ter rasurado os vestigios bem metropolitanos do seu nome não faz com que ele deixe de ser um colono.



O seu partido proscreveu as línguas nacionais, em nome duma pretensa luta contra o tribalismo; combateu sistematicamente a aprendizagem dessas línguas nos bancos das escolas no âmbito duma tolice chamada "anti-regionalismo" e duma outra parvoice que vem descrita nos estatutos e programa desse mesmo partido como "a destruição das sequelas da sociedade tradicional-feudal", para no fim impor aos moçambicanos, como único e exclusivo meio de comunicação, o idioma do colonizador.



Sérgio Vieira confunde cultura e realidades históricas inconturnáveis com questões meramente económicas tais como SADC, MERCOSUL e UNIÃO EUROPEIA, ao afirmar que "as línguas surgem e afirmam-se como instrumentos e nunca como meros sentimentos". E a rematar, eis algo tosco, típico de mentes doentias como a dele: "elas (as líguas) nem unem ou dividem os povos".



Falho de argumentos convincentes, Sérgio Vieira trás a PIDE à baila, recorrendo a algo obtuso a rimar com confuso: "...senão a PIDE não nos interrogaria sob tortura em português e, em português, Mestre Craveirinha e Nogar, Mestre Malangatana e tantos outros, no cárcere, afirmaram, em português, a sua pátria".



Sérgio Vieira, que aprendeu que os cigarros não servem apenas para fumar,lãminas para barbear,tiras de borracha de cãmaras de ar de bicicleta, etc. etc., pessoalmente conduziu, com requintes de malvadez, interrogatórios sob tortura na Machava e muitas outras localidades. Eu fui uma das suas vítimas. Terá sido por me ter torurado em português, a mim e a tantos patriotas moçambicanos senas, makondes,ajauas, nyanjas, macuas, ndaus, etc. etc., que Sérgio Vieira chegou à conclusão de que as línguas não unem povos; que "surgem e afirmam-se como instrumentos".



De tortura neste caso?



Adelino Serras Pires

Country Portugal