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FORUM MACUA

Local destinado a discutir tudo o que se relacione com Moçambique, em particular, e os PALOP, em geral. Solicita-se o uso de uma linguagem acessível a todos em geral. Mensagens com termos ou temas inadequados serão apagadas.

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Re: fazendeiros do Zimbabwé


Com certeza que isso também deve estar "naquela declaração à parte". O Mugabe "é assim", mesmo não tendo sido incluído no acordo escrito, o Mugabe "está a seguir à risca" o acordo de cavalheiros que até o Robin Cook reconhece. Ironias à parte, o homenzinho é da PIOR ESPÉCIE de ABUSADORES DE PODER, até porque ainda convence muita gente que é o último dos descolonizadores revolucionários, oxalá "esses" não venham a ser um "dano colateral" do caos que o "Robber" está a preparar, já mete nojo, daqui a bocado está a fazer campos de concentração para os "bicos de pica-pau". Uma questão justa atrasada 20 anos POR ELE, num país que é um Icone de África, transformada no capricho de poder de um doente mental.

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Replying to:


ZIMBABWE - FAZENDEIROS OBRIGADOS A INDEMNIZAR


TRABLHADORES




No Zimbabwe, entrou em vigor uma nova lei que


obriga os fazendeiros brancos, cujas terras


foram confiscadas, a indemnizar os seus antigos


trabalhadores. A nova lei resulta da alteração à


Lei de Regulamentação das Relações Laborais e


tem efeitos retroactivos, beneficiando


igualmente os que perderam o emprego nas


fazendas, antes da sua entrada em vigor. Para a


aplicação da nova lei foi criado um Comité de


Compensação aos Trabalhadores Agrícolas, que tem


a função de determinar quem tem direito à


indemnização e que valor receberá. (Notícias,Maputo,


21/08/02)

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Replying to:


MANICA ACOLHE FARMEIROS ZIMBABWEANOS




Treze farmeiros zimbabweanos acabam de se fixar na província de Manica. Dois no


distrito de Manica, um no distrito de Gondola e dez em Barué. Cada agricultor


recebeu mil hectares de terra para produzir tabaco, cereais e outras culturas de


rendimento. Os farmeiros zimbabweanos contam com o apoio de uma empresa de tabaco e


de um Banco Agrário estrangeiro.(Televisão de Moçambique 14/08/02)

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Replying to:


Grato por mais esta achega.


Além de se distribuir as terras desta ou doutra forma, acho que o importante é que a mesma produza e a bem da maioria.


Mas já consta que a esposa de Robert Mugabe e alguns membros do seu partido já têm em seu nome algumas das "farms". Será?


Fernando Gil

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Replying to:

Muito se fala e se discute sobre o Zimbabwé.


Creio, importante, que se situem alguns factos essenciais.


Moçambique, Tanzania e Angola estiveram profundamente envolvidos tanto no apoio à luta de libertação nacional, como nas negociações conducentes a Lancaster House.


O tanzaniano Warioba, na época Procurador Geral e mais tarde Primeiro Ministro, o Ministro Kito de Angola, participaram connosco (refiro-me a Rafael Maguni, José Luís Cabaço e eu próprio) no longo processo.


Quando chegávamos ao fim, o obstáculo TERRA permanecia. Creio que Lorde Caradon, de todo o modo,o Secretário Britânico dos Negócios Estrangeiros,signatário pela Coroa do Acordo, pediu que a Terra não fosse incluída no texto, porque tal poderia comprometer a sua passagem nos Comuns, devido à ala direitista dos conservadores, MAS QUE NO SEU DISCURSO DECLARARIA A DECISÃO BRITÂNICA DRE GARANTIR FUNDOS PARA A REDISTRIBUIÇÃO DA TERRA. Assim o fez.


Mais tarde e já quando surgiu o movimento de ocupações, Robin Cook, Secretário dos Negócios Estrangeiros do primeiro governo de Blair, reconheceu a declaração do seu predecessor, mas afirmou QUE NÃO FIGURANDO NO TEXTO DO ACORDO, o governo não se sentia comprometido por ela.


De facto a declaração foi a base do compromisso para a ZAPU e a ZANU "engolirem" Lancaster House.


Até esta semana mais de 60% das terras férteis ainda estão ocupadas por menos de 2.500 fazendeiros brancos. Eles nunca compraram essas terras, ocuparam-nas pela força do colonialismo e do racismo.


Nos países vizinhos do Zimbabwé todos emitimos sérias reservas à metodologia violenta, frequentemente ilegal e com conotações racistas que é seguida. Mas ninguém duvida da legitimidade e do imperativo da recuperação da terra.


Os "SEM TERRA" aqui, também merecem consideração.


O discordarmos ou emitirmos reservas sobre métodos, não nos leva a considerar inexistente o problema de fundo.


Por vezes a violência do rio resulta de as águas serem forçadas a confinarem-se numa garganta bem estreita.


Separemos as questões, para sabermos como resolver ou apoiar a resolver cada uma delas.