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FORUM MACUA

Local destinado a discutir tudo o que se relacione com Moçambique, em particular, e os PALOP, em geral. Solicita-se o uso de uma linguagem acessível a todos em geral. Mensagens com termos ou temas inadequados serão apagadas.

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Re: Correcção


"Bicos de picareta" é "bicos de pica-pau" ou "narizes de picareta" ou lá os "mimos" RACISTAS do RACISTA Mugabe.

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Replying to:


Eu estou a acompanhar esta situação dos fazendeiros... melhor, do problema do Mugabe perder o poder, já há um tempo. O Mugabe não só eliminou companheiros de luta e até queria fazê-lo em Moçambique e o Presidete Samora não deixou. A Zapu foi "eliminada" pelo Mugabe depois de 1980. O Mugabe e a 5º Brigada massacraram milhares ndebeles depois de 1980. O Mugabe nunca mais se lembrou do que os britânicos disseram acerca das terras até se aperceber que ia perder as eleições. As terras estam só a ser dadas a apoiantes da Zanu-PF. Os fazendeiros/britânicos/Mugabe já assinaram acordos recentes que o Mugabe rasgou. Os fazendeiros ofereceram metade das terras que teem o Mugabe diz que quer tudo dos "bicos de picareta" que reconhecem haver um problema de terras mas que eu acho não tem nada a haver com o tirano Mugabe. O Mugabe já foi o meu heroi mas enganou-me e hoje já não presta. Os fazendeiros e os britânicos nunca prestaram.




Porque é que só metade dos "sem terra" vão ter terra?


Porque são apoiantes da Zanu-PF!




Porque é que o Mugabe só se lembrou dos "sem terra" passados 20 anos?


Porque já não votavam Zanu-PF!




Porque é que os fazendeiros vão ficar sem terra e sem país?


Porque o Mugabe é racista e não quer brancos no Zimbabwe.




O Mugabe nunca mudou, ele foi sempre assim, só que enganou muita gente durante muito tempo.

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Replying to:

Muito se fala e se discute sobre o Zimbabwé.


Creio, importante, que se situem alguns factos essenciais.


Moçambique, Tanzania e Angola estiveram profundamente envolvidos tanto no apoio à luta de libertação nacional, como nas negociações conducentes a Lancaster House.


O tanzaniano Warioba, na época Procurador Geral e mais tarde Primeiro Ministro, o Ministro Kito de Angola, participaram connosco (refiro-me a Rafael Maguni, José Luís Cabaço e eu próprio) no longo processo.


Quando chegávamos ao fim, o obstáculo TERRA permanecia. Creio que Lorde Caradon, de todo o modo,o Secretário Britânico dos Negócios Estrangeiros,signatário pela Coroa do Acordo, pediu que a Terra não fosse incluída no texto, porque tal poderia comprometer a sua passagem nos Comuns, devido à ala direitista dos conservadores, MAS QUE NO SEU DISCURSO DECLARARIA A DECISÃO BRITÂNICA DRE GARANTIR FUNDOS PARA A REDISTRIBUIÇÃO DA TERRA. Assim o fez.


Mais tarde e já quando surgiu o movimento de ocupações, Robin Cook, Secretário dos Negócios Estrangeiros do primeiro governo de Blair, reconheceu a declaração do seu predecessor, mas afirmou QUE NÃO FIGURANDO NO TEXTO DO ACORDO, o governo não se sentia comprometido por ela.


De facto a declaração foi a base do compromisso para a ZAPU e a ZANU "engolirem" Lancaster House.


Até esta semana mais de 60% das terras férteis ainda estão ocupadas por menos de 2.500 fazendeiros brancos. Eles nunca compraram essas terras, ocuparam-nas pela força do colonialismo e do racismo.


Nos países vizinhos do Zimbabwé todos emitimos sérias reservas à metodologia violenta, frequentemente ilegal e com conotações racistas que é seguida. Mas ninguém duvida da legitimidade e do imperativo da recuperação da terra.


Os "SEM TERRA" aqui, também merecem consideração.


O discordarmos ou emitirmos reservas sobre métodos, não nos leva a considerar inexistente o problema de fundo.


Por vezes a violência do rio resulta de as águas serem forçadas a confinarem-se numa garganta bem estreita.


Separemos as questões, para sabermos como resolver ou apoiar a resolver cada uma delas.