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FORUM MACUA

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Re: Re: Re: Fazendeiros Zimbabué


ALEXANDRE CHIÚRE (em Maputo)


Moçambique abriu as cancelas para a entrada de fazendeiros zimbabweanos, expulsos das suas propriedades no âmbito da reforma agrária levada a cabo pelo Governo de Robert Mugabe. Mas Maputo já avisou que não vai vender um único milímetro de terra aos fazendeiros.




Com este enquadramento, há já um primeiro grupo que cruzou a fronteira, constituído por 20 fazendeiros. Eles foram autorizados a fixarem-se na província central de Manica, perto do Zimba




bwe. Outros tantos pedidos de terra aguardam o selo branco nas prateleiras das repartições públicas moçambicanas.




Depois de tentativas falhadas de se fixarem no Botswana, por carência de terras, Moçambique parece um destino certo para os fazendeiros zimbabweanos. As autoridades governamentais do país encaram com naturalidade a imigração dos fazendeiros, aparentemente porque há uma grande disponibilidade de terra arável. Dos 36 milhões de terra cultivável, apenas quatro milhões estão a ser explorados, na sua maioria, por agricultures do sector familiar e privado que trabalham com meios rudimentares.




Apesar dessa abundância, o Governo de Maputo tem estado a lidar com o dossier "fazendeiros" com muita delicadeza, pelas suas repercussões políticas e económicas. O vice-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, João Carrilho, afirmou que Maputo está a examinar o assunto "minuciosamente".




As autoridades moçambicanas ainda não se pronunciaram relativamente à quantidade da terra a ser atribuída aos fazendeiros zimbabweanos. Os distritos de Zumbo e Macossa, em Manica, são, entre outras, as regiões que vão receber os fazendeiros, cujos pedidos de exploração de terras no país entram via Centro de Promoção de Investimentos (CPI).




Apesar da abundância de terra, o Governo não tem possibilidade de vender algumas parcelas aos zimbabweanos, pois se o fizesse estaria a violar a lei fundamental, que não deixa nenhuma brecha para a prática desse tipo de negócio. O vice-ministro moçambicano da Agricultura e Desenvolvimento Rural, João Carrilho, "matou" as expectativas dos fazendeiros, nesse sentido, ao esclarecer que a terra a ser-lhes concedida para cultivo continuará propriedade do Estado.





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Replying to:


E entretanto, nos EUA, já um grupo de pessoas se manifestou contra este tipo de atitude. Afinal... que raio de atitudes racistas são estas? Depois da queda do Apartheid ainda temos que aguentar tais atitudes políticas de baixo nível? Desculpem mas é um desabafo!!!

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Replying to:


Ouvi hoje na rádio que 5 destes fazendeiros já se encontram em Manica, Moçambique, para se instalarem.

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Replying to:

Caros amigos,




considero que este assunto deveria ter uma maior expansão internacional e quem sabe um gesto de solidariedade para com quem trabalhou tantos anos por uma terra, falo dos fazendeiros do Zimbabué.




Hoje mais uma vez fiquei sentida com a notícia que me chegou esta tarde: a polícia do Zimbabué confirmou que deteve já 133 fazendeiros brancos que se negaram a abandonar as suas terras expropriadas no âmbito do programa de reforma agrária, iniciada há dois anos e meio no país.




Todos os fazendeiros que receberam ordens para abandonar as suas propriedades e continuam a violar a Lei de Aquisição de Terras ditada aprovada pelo governo serão detidos, afirmaram, em Harare, porta-vozes da polícia.




Mais de 90 dos detidos continuam na prisão e só serão libertados depois da apresentação no tribunal de uma queixa contra eles por desobediência, informou a organização Justiça para a Agricultura, criada recentemente para lutar contra as expropriações.




Os fazendeiros brancos detidos fazem parte dos 60%, de um total de 2.900, que se recusaram a abandonar as suas terras até à meia-noite do passado dia 08, prazo limite dado pelo governo do presidente Robert Mugabe.




Gostaria de saber qual a vossa opinião sobre o assunto e os reflexos na comunicação social onde residem. Grata pela atenção, aquele abraço...




Baobá.


Country Portugal